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domingo, 27 de junho de 2010

CRÔNICAS D'ALÉM MAR.

(Do nosso correspondente em Lisboa, Alberto Oliveira)
ARROZ COM FEIJÃO
E umas pataniscas, uma salada de alface e tomate, mais um branco bem fresquinho, estamos conversados.
Isto de misturar os que sabem com os que pensam que sabem, não pode acabar bem. Então não é que os pastéis de Belém andam a baralhar as contas aos nossos atletas. Há que considerar que sem ovos não se fazem omoletes, como dizia aquele famoso seleccionador.
Já sabíamos que os atletas do Clube de Futebol  Os Belenenses tem direito a quantos pastéis de Belém quiserem comer ao fim de cada partida no Estádio do Restelo. Mas não é só disto que se alimentam. Também amargam treinadores que não passam de esforçados e que acabam sem conseguir fazer uma equipa mesmo tendo bons jogadores.
Aliás os adeptos ficarão marcados para sempre porque aquele Almirante que chegou a Presidente da República era o seu torcedor mais famoso. E para quem também não sabe, ficou hospedado na suite presidencial do Hotel Miramar em plena Avenida Atlântica logo a seguir a Revolução dos Cravos, bem juntinho aquele bar maravilhoso no terraço, onde muitas corridas de submarinos foram acompanhadas de perto.
Isto não invalida no entanto a fraquíssima actuação dos esforçados atletas que pisaram o relvado no último final de semana, alguns dos quais somente envergaram as novas camisolas para aparecerem nas fotografias. Ricos patrocinadores.
Tentaram de tudo. Pontapés de canto, da marca de grande penalidade, na própria baliza, de livres directos, enfim não estiveram pelos ajustes em partidas de nervos a flor da pele, nas quais foram muitas vezes tapados por faltas mesmo a vista dos árbitros, que nem a custa de prolongamentos ou por cortesia dos defesas conseguiram levar de vencidos os bravos guarda-redes de plantão.
Foram momentos de viragem no espectáculo quando após mais assistências vieram outros tantos falhanços antológicos dos mesmos de sempre. Mesmo sendo um dia de cariz especial temos de reconhecer que os melhores marcadores não perderam o ensejo de pelo menos por uma vez atirarem a contar.
De louvar ainda quando uma das equipas resolveu baixar as linhas trazendo os avançados e estes por sua vez deixavam os defesas tão baralhados que mesmo batendo-se com galhardia viam-se a rasca sem saber quem eram os prós e quem eram os contras.
Enfim já nos faltam adjectivos mas arriscamos dizer que ficaram muito próximos do Samba do Crioulo Doido.
Bem Hajam
O signatário


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