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sexta-feira, 13 de maio de 2011

TRINTÃO CONTINUA BOMBANDO!


Como tem acontecido ultimamente, uma ótima afluência de "esportistas" proporcionou, nesse sábado passado, ótimas peladas da turma do "Trintão" (grupo da tarde) do nosso cinquentão Clube dos Trinta.
Duas peladas, com quatro equipes de 6 atletas de linha, produziram 15 gols em dois jogos - graças ao nosso escalador oficial (diretor de esportes), Ronaldo Carvalho - muito equilibrados.
No 1º jogo da tarde, apesar da descrença de alguns, que consideravam a equipe AZUL muito mais forte (pelo menos, fisicamente), os BRANCOS fizeram um bom jogo e, depois de um 1º tempo empatado em 2 x 2, conseguiram perder por apenas 1 gol de diferença.
Resultado final: AZUL 4 x 3 BRANCO.
Na metade do segundo tempo, Ronaldinho voltou a sentir a contusão que o havia deixado de fora de algumas partidas e teve de abandonar o campo. Jayme Lima, que também vinha de algumas partidas paradas, aproveitou para igualmente deixar a pelada, continuando o jogo com apenas 5 jogadores de linha em cada equipe.
 Completando a programação da bela tarde de sábado, VERDES e VERMELHOS "cruzaram os bigodes" (essa é nova, hein? e  realizaram uma pelada das mais disputadas, com belas jogadas e - como sempre - também com algumas caprichadas píxotadas.
A escolha das duas equipes, com grandes craques e até alguns jovens, confirmou a vocação do escalador, Ronaldinho, para colecionar empates.
A equipe VERMELHA, depois de um primeiro tempo onde perdia por 4 x 1, para os VERDES, "descolou" uma espetacular reação, conseguindo fechar a partida com um empate em 4 x 4. Tipo de empate que os antigos comentaristas do rádio consideravam, "com sabor de vitória"! 
Destaque para a reaparição do craque Beto, filho do nosso querido Flávio Bruno, que marcou dois gols para sua equipe.
Já a bola murcha da tarde foi o penalti batido por Alex e espetacularmente defendido pelo goleiraço Bruno!
Como a falta que originou a penalidade máxima foi cometida fora da grande área, mais uma vez confirmnou-se a máxima: "penalti mal marcado sempre é desperdiçado"!
E, como sempre costuma acontecer, depois das peladas os contumazes adeptos dos charutos cubanos (com o dolar lá em baixo, é molezinha...), caipirinhas, tira-gostos e muito papo-furado, permanecem no clube (para desespero da Denise & cia.) até altas horas (20hs).

UMA NOTA AGRADÁVEL.
Aliás, é com muita alegria que registramos a volta ao nosso convívio do nosso grande craque Nelson Borges, afastado por uma "distensão sentimental" que o tirou de campo por alguns meses. Esperamos revê-lo em campo já no próximo sábado!

ATENDENDO A INÚMEROS PEDIDOS VAMOS REPUBLICAR AQUI UMA CRÔNICA DO NOSSO QUERIDO ALBERTO OLIVEIRA, QUE REPRODUZ, NA ÍNTEGRA, A SÚMULA DE UMA PARTIDA DO CAMPEONATO PORTUGUÊS, ESCRITA POR UM ÁRBITRO QUE - SE APITA COMO ESCREVE - DEVE SER O MAIS ENROLADO DO MUNDO!

 (ATENÇÃO: TRATA-SE DE FATO VERÍDICO. NÃO É FICÇÃO!)

CRÔNICAS D’ALÉM MAR
(Do nosso correspondente em Lisboa, Alberto Oliveira)


RELATÓRIO DE UM ÁRBITRO
(VERÍDICO) 

 
"O jogador da equipa visitada, Micolli, desmandou-se em velocidade tentando desobstruir-se no intuito de desfeitear o guarda-redes visitante. Um adversário à ilharga procurou desisolá-lo, desacelerando-o com auxílio à utilização indevida dos membros superiores, o que conseguiu. O jogador Micolli procurou destravar-se com recurso a movimentos tendentes à prosecução de uma situação de desaperto mas o adversário não o desagarrava. Quando finalmente atingiu o desimpedimento desenlargando-se, destemperou-se e tentou tirar desforço, amandando-lhe o membro superior direito à zona do externo, felizmente desacertando-lhe. Derivado a esta atitude, demonstrei-lhe a cartolina correspectiva."
 
Extracto do relatório do árbitro Carlos Xistra relativo à apresentação do cartão amarelo ao jogador Micolli do Benfica.  
 

Nota: Começo a perceber porque é que não são públicos estes relatórios...

A.O.
BAÚ DO CHILAVERT
(Fotos do arquivo do nosso impoluto guarda-redes CHILAVERT)

 
'TRINTÃO" TAMBÉM PRATICA ESPORTES OLÍMPICOS.

MAITÊ PROENÇA E AS PELADAS.

FINALMENTE UMA MULHER DESCOBRE A VERDADE SOBRE MAGIA E A SEDUÇÃO QUE AS "PELADAS" CAUSAM NOS HOMENS. E DESCOBRE, QUE O QUE ELAS SENTIAM...

ERA INVEJA!...

Crônica de Maitê Proença

 No Brasil, três coisas são indiscutivelmente democráticas. A praia, que debaixo de um sol junta madame e funkeira trajadas no mesmo uniforme. O futebol, que une o ladrão e o padre numa imensa fraternidade. E o trânsito, que bota o Zé do Chevete e João do Jaguar lado a lado, paralisados pela mesma encrenca. Das três brasilidades, o futebol é a que mais me intriga.
Tenho um namorado que ama a bola. É uma pessoa cheia de virtudes, mas, se há uma constância em seu caráter, esta é a impontualidade. Não consegue chegar na hora, o mundo o atrapalha, a menos é claro no caso do futebol. Não falo aqui daquele jogo no estádio com hora oficial para começar, refiro-me à pelada, ao racha, àquele bate-bola entre amigos, que no caso aqui de casa acontece três vezes por semana. O campo é longe, uma viagem, o sol a pino - não importa. Dia do compromisso logo cedo o moço fica ansioso, não pode atrasar e não há imprevisto que o segure. Nesses dias meu amor é um britânico.

Sábado desses resolvi acompanhá-lo. Os companheiros de partida, esbeltos desportistas, não gostaram nadinha, mas, gentis, fizeram que sim. Aquilo não é lugar de mulher, eu já devia saber. Para compensar o mal-estar, começa o jogo e eu bato muita palma, exagero o entusiasmo, assovio e tanto faço que o dono do campo a quem eu bajulava escancaradamente sentiu-se na obrigação de me dedicar um gol. Segue o embate com altos e baixos, a coisa aquece e pimba... um golaço, aquele chutão do meio do campo para dentro da rede à Roberto Carlos. As más-línguas desmerecendo o artilheiro dizem que o momento é histórico e não se repetirá - não acredito, foi jogada de mestre; vi e guardarei na memória. Continua a partida com bons momentos, outros nem tanto, uma contusão aqui, uma falta ali, um corpo caído no chão. De repente me bate uma estranheza e vou percebendo que acima da bola, das jogadas, do corre para lá e para cá, o que mais se via, na verdade, eram discussões, ofensas, xingamentos e uma roubalheira de fazer corar um palmito. A coisa chegou a um ponto em que tive a certeza de que terminado aquilo os adversários não voltariam a se falar. Acaba o jogo. Entre vitórias e desilusões, corre-se para o vestiário e devo dizer que nem na feira fala-se tão alto e ao mesmo tempo quanto num banheiro cheio de homens; eu não estava dentro, mas nem precisava... Fiquei quietinha do lado de fora esperando meu namorado, que, pela delonga, tomava um banho de Cleópatra. Assim, pude observar bem os outros rapazes que sorridentes e limpinhos iam saindo do vestiário qual amigos de infância. Aqueles mesmos que há pouco se juravam de morte agora pavoneavam-se uns para os outros aos tapinhas nas costas. Havia ali cantores-compositores, um sapateiro, o editor de um jornal, um empresário da música, atores, um jogador aposentado, dois médicos e alguns moços das redondezas empobrecidas cuja competência em campo desequilibrara o jogo - tudo adversário de sangue na hora da bola e amigo do peito na saída para o chope. Na pelada não há rancores, o que se passa em campo fica no campo. Nem pudores, ali são todos craques - o vírus da imodéstia ataca democraticamente. Uma beleza!
Fui-me embora com um vazio a futucar o espírito. O que nós, mulheres, temos de parecido, o shopping, o salão? Nem chegam perto. Não pode xingar, espernear, soltar os sapos da garganta - além do que, num e noutro, o máximo de exercício que se faz é com a língua na futrica da vida alheia - muito chato. Não havia como negar, o brinquedo dos rapazes é divertido como só, e meu vazio era de inveja.
Nós, mulheres, não temos nada que se compare.

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 (Essa crônica, que me foi enviada pelo nosso companheiro Ronaldo Carvalho, teve sua publicação veiculada, em 2005, na Revista Época.  Quando Maitê namorava Rodrigo Paiva, desde aquela época, RP da CBF (leia-se Seleção Brasileira de Futebol.

UMA BOA IDÉIA É COPIAR ESSA CRÔNICA E ENVIAR PARA TODAS AS MULHERES DO SEU RELACIONAMENTO.  PRINCIPALMENTE ÀS ESPOSAS, NOIVAS OU NAMORADAS.

ÚLTIMA NOTÍCIA:
Sábado que vem, pela primeira vez em alguns anos, vou faltar a pelada do "Trintão". É que se trata de "data FIFA" da minha mulher.
Mas, não preocupem, a confecção do blog já está garantida. A turma vai me ajudar na produção das fotos, súmulas, comentários e etc.. Conto com a colaboração luxuosa do Carlos Camerini, Jair Vega, Pedrão e Pedrinho Landim, Abu e demais companheiros (caprichem, galera!).

The End.

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