RONALDINHO INOVA NA ESCALAÇÃO DOS TIMES. MAS, SE DÁ MAL...

Ronaldinho, nosso impoluto Diretor de Esportes, depois de muitas rodadas vitoriosas mas, também, recheadas de muitas controvérsias quanto ao equilíbrio das equipes, resolveu inovar.
Simplesmente escalou dois times, deixando uma vaga em aberto em cada um deles. Então, num golpe de mestre, passou o pincel atômico para seu mais ferrenho crítico, o nosso valoroso Don  Enrique. Que ele escolhesse a equipe que melhor lhe aprouvesse.
Sugiro que, da próxima vez, Don Enrique escale as equipes e Ronaldinho escolha o time...
Independente do resultado do jogo, realmente o equilíbrio ficou evidente, ligeiramente afetado pelo pouca idade do craque Grijó. Que nas três últimas peladas simplesmente marcou 8 gols!...
O espanhol escolheu o time do artilheiro Grijó e se deu bem!
Na verdade a ideia é bastante interessante e prova que Ronaldinho não tem a
chamada  "síndrome do quadro negro" (que no nosso caso, é branco!).
É que antigamente alguns colegas não tinham o menor pudor em escalar equipes mais fortes, beneficiando visivelmente seus próprios interesses.

Foi, sem dúvida, uma pelada bastante equilibrada e que só foi decidida no segundo tempo, após empate verificado no 1º tempo ( 2 x 2) e que persistiu até a metade da etapa final.
Como já salientei acima, a "juventude" do Grijó (40 anos) aliada a um bom futebol, proporcionou-lhe a chance de marcar os três gols da sua equipe.

ATUAÇÕES EQUIPE AMARELA:

PAULO - Abrimos aqui uma exceção para analisar a atuação de um goleiro.
Estreando na nossa pelada, demonstrou grande categoria, reflexo e coragem.
Seja bem-vindo, Paulo, ao nosso convívio! Nota 9.

ENRIQUE - O espanhol provou que, além de saber tudo de bola, sabe também escolher times. Além disso, como sempre, com muita regularidade, teve o melhor passe e - pra sua idade - uma ótima atuação defensiva. Nota 8,5

MILANO - Reapareceu a mil por hora. Foi um dos melhores nas duas peladas que disputou. Correu muito, deu bons passes e combateu o tempo todo. No 2º tempo segurou bem o ataque adversário que não conseguiu marcar nenhum gol. Nota 9,5.

MARCOS ROSALEM - Um novo convidado que chegou em boa hora. Sabe jogar e demonstrou que - enquanto teve fôlego (está um pouco acima do peso) - pode ser muito útil para seu time. Nota 7,5

FLÁVIO BRUNO - Sua atuação foi meio barro, meio tijolo. Alternou boas com desastradas jogadas. Seu problema é querer driblar adversários mais jovens (ele está com 71 anos). Mas, quanto solta a bola de primeira e guarda sua posição na defesa, ajuda bastante sua equipe. Nota 7.

MÁRCIO GRIJÓ - Egresso da pelada do Clube 17 (dos Macacos), além do 4.0 de idade, também pratica o velho esporte bretão com arte e engenho. Como crítica, já ouvi algumas pessoas dizerem que, se ele passasse mais a bola, os placarem poderiam ser mais dilatados. Nessa 1ª pelada da tarde fez apenas 3 gols. Ou seja: todos os do Amarelo!... Descontando meio ponto pela juventude, sua nota é 9.

JAIR VEGA - Nessa pelada passou em branco. Mas, jogou bem e deu bons passes para o Grijó marcar. Nota 7,5

ATUAÇÃO DOS AZUIS.

EDYNHO - Outro que está em grande forma. Apesar do "frangaço" do sábado passado, tá difícil fazer gol nele. Nota 9

RONALDO - Essa já e a segunda rodada sem vencer. Teve uma boa ideia para acabar com a celeuma em torno das suas escalações. Mas se deu mal na execução: Enrique soube escolher o time vencedor! De qualquer forma, Ronaldinho, mais uma vez, jogou bem, mas o que não é muito normal: não ganhou... Nota 8.

BIGODE - O Jair ele conseguiu marcar bem... Mas já o Grijó... Até agora o nosso becão está procurando por ele!... Na verdade, até que na defesa o nosso "biga" foi bem. O problema é quando ele se arrisca a subir ao ataque. Seus passes são horrorosos!... Na maioria das vezes propicia contra-ataques mortais para os adversários. Pela entrega, sua nota  é 7.

LEANDRO - E o nosso Lucas (do PSG) que não deu certo!... Parte com a bola dominada pra cima do adversário e chuta, preferencialmente, quando tem um adversário pela frente. Passar a bola para um companheiro melhor colocado é algo impensável para o nosso Leandro "Damião" dos pobres. Aliás, poderíamos rebatizá-lo com o cognome (essa é do fundo do baú!) de Leandro "Dá-me uma", please!. Sua atuação nessa temporada tem sido desastrosa.
Jogou por 6 rodadas. Ganhou apenas o torneio do dia 30/03 (quando fez 4 gols). Depois, jogou mais 5 sábados, empatando duas e perdendo as outras três. Ou seja, desde março que não ganha uma! Nesse jogo sua nota foi 6.

NELSON BORGES - Voltando de contusão, esteve um pouco afobado e perdeu várias chances de gol. Mas lutou bastante e teve um bom trabalho defensivo. Nota 7,5.

ELÍSIO - Como sempre, muita luta, muito empenho e lances de alta categoria.
Só que não estava em uma tarde muito feliz. Marcou em belo tento, mas poderia - principalmente na etapa final - ter marcado, pelo menos, mais dois gols. Mas, foi o melhor da sua equipe. Nota 8,5.

PITTI - Depois de uma ótima atuação no domingo passado, nesse sábado me dei muito mal. Descontando alguns assists para tentativas de gols, minha atuação foi realmente pífia. Na melhor chance para fazer meu gol, quebrei a cara. Imagine o atento leitor que a bola vinha na minha direção, junto a trave, quase dentro do gol, quando, eis que surge Leandro, qual um ônibus carioca desgovernado, e, passando à minha frente, faz o gol. Tirando, como dizem os antigos, "o pão da minha boca"!... E para fechar essa ópera bufa com "chave de ouro", eu, que me considero um exímio batedor de tiros esquinados, bati um corner nas mãos do goleiro adversário!...
Iniciando um contra-ataque mortal, que resultou na marcação do 3º tento. 
O da vitória, dos Amarelos.  Merecidamente Nota 2.

Com tinham ficado alguns atletas de fora, foi realizada uma segunda pelada, com apenas 5 jogadores de linha em cada equipe.
Foi uma boa pelada, com alterações no placar e muitos (belos) gols.

A atuação dos Vermelhos foi fraca na etapa inicial e empolgante, nos 30' finais.
Saiu dos 1 x 4 para um 5 x 5, com muita luta e dedicação.
O segredo dessa reação foi a ótima atuação do Márcio, com três gols.
Os melhores do Vermelho, além do Márcio Lara, foram Elísio e Ronaldo.
Em segundo plano, Jair, que, pra variar, deixou o seu, atingindo a marca de 24 gols em 14 rodadas. O que o mantém no 1º lugar na artilharia.

NOTAS DO VERMELHO:

RONALDO E ELÍSIO - 8
LAURO - 7,5
MÁRCIO LARA - 9
JAIR - 7



 
Inacreditável a atuação da equipe Verde que, depois de um 1º tempo onde  arrasou seu adversário por 4 x 1, permitiu que, na etapa final, os Vermelhos reagissem e chegassem ao empate em 5 x 5.
Enquanto teve pernas, o Verde - com Grijó (único que não cansou) marcando 3 gols - deitou e rolou. Contudo, o restante da equipe, ao cansar, deitou e não conseguiu mais nem andar, quanto mais rolar.
Em contrapartida, os Vermelhos amadureceram e foram colher os frutos de um empate com sabor de vitória.
No Verde todos jogaram mal no 1º tempo e muito bem no segundo.

NOTAS DO VERMELHO:

Nota para todos 6, pelo tempo inicial e 9, pelo segundo.
O que dá - para igualmente todos os peladeiros do Vermelho - uma nota média de 7,5.


ARTILHARIA - ATÉ 25 MAIO 2013

HÁ MAIS COISAS NO AR QUE OS AVIÕES DE CARREIRA!...

A PELADA ESTAVA PARA COMEÇAR.

ENQUANTO ISSO,  ROLAVA UM CERTO CLIMA DE MISTÉRIO NA BEIRA DO GRAMADO.

À SORRELFA, MEIO COMO QUEM NÃO QUER NADA, CARLÃO, DE CIMA DA CADEIRA DOS ÁRBITROS, FILMAVA OS ACONTECIMENTOS...

PORÉM, NOSSO REPÓRTER FAROFINO, COM SUA MÁQUINA FOTOGRÁFICA CAPAZ DE LER PENSAMENTOS, FLAGRAVA AS INTENÇÕES DO SOLERTE E INSIDIOSO CARLÃO DOS PAMPAS...

 

AÍ ESTÁ!... CARLÃO NÃO ACEITOU BEM AS REPRIMENDAS DO NOSSO DIRETOR DE ESPORTES!...
PORÉM UM PERGUNTA FICA NO AR...
QUAL A FINALIDADE DAS FILMAGENS DO CARLÃO?...
SERÁ QUE PRETENDE ELE PRÓPRIO CRIAR UM BLOG DE OPOSIÇÃO?...
Ou vai colocar no "Youtube".???....

NÃO PERCAM OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS DESSA EMOCIONANTE NOVELA
DA REDE "TRINTÃO" DE TELEVISÃO. (Tóp tóp!)

"SANGUE BOMBACHA!"


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ATENDENDO A PEDIDOS.
Vamos repetir aqui uma matéria já publicada há tempos e que sempre é solicitada por muitos dos nossos seguidores.

A MELHOR CRÔNICA JÁ ESCRITA SOBRE O QUE É UMA "PELADA", SOB A VISÃO DE UMA LINDA E TALENTOSA MULHER.

Revista Época - 2005

 

 ERA INVEJA.

(Crônica de Maitê Proença)
 

No Brasil três coisas são indiscutivelmente democráticas.

A praia, que debaixo de um sol junta madame e funkeira trajadas no mesmo uniforme. O futebol, que une o ladrão e o padre numa imensa fraternidade. E o trânsito, que bota o Zé do Chevete e João do Jaguar lado a lado, paralisados pela mesma encrenca.

Das três brasilidades, o futebol é o que mais me intriga.

Tenho um namorado que ama a bola. É uma pessoa cheia de virtudes, mas se há uma constância em seu caráter, esta é a impontualidade. Não consegue chegar na hora, o mundo o atrapalha, a menos é claro no caso do futebol.

Não falo aqui daquele jogo no estádio com hora oficial pra começar, refiro-me à pelada, ao racha, aquele bate-bola entre amigos, que no caso aqui de casa acontece três vezes por semana.

O campo é longe, uma viagem, o sol a pino - não importa. Dia do compromisso logo cedo o moço fica ansioso, não pode atrasar e não há imprevisto que o segure. Nesses dias meu amor é um britânico!

Sábado desses resolvi acompanhá-lo. Os companheiros de partida não gostaram nadinha, mas gentis, fizeram que sim. Aquilo não é lugar de mulher eu já devia saber. Pra compensar o mal-estar, começa o jogo e eu bato muita palma, exagero o entusiasmo, assovio e tanto faço que o dono do campo a quem eu bajulava escancaradamente sentiu-se na obrigação de me dedicar um gol. Segue o embate com altos e baixos, a coisa aquece e pimba... um golaço, aquele chutão do meio do campo pra dentro da rede à Roberto Carlos.

As más línguas desmerecendo o artilheiro, dizem que o momento é histórico e não se repetirá - não acredito, foi jogada de mestre; vi e guardarei na memória.

Continua a partida com bons momentos, outros nem tanto, uma contusão aqui, uma falta ali, um corpo caído no chão.

De repente me bate uma estranheza e vou percebendo que acima da bola, das jogadas, do corre pra lá e pra cá, o que mais se via, na verdade, eram discussões, ofensas, xingamentos e uma roubalheira de fazer corar um palmito.

A coisa chegou num ponto em que tive a certeza que terminado aquilo os adversários não voltariam a se falar.

Acaba o jogo.

Entre vitórias e desilusões, corre-se pro vestiário e devo dizer que nem na feira fala-se tão alto e ao mesmo tempo quanto num banheiro cheio de homens; eu não estava dentro, mas nem precisava...

Fiquei quietinha do lado de fora esperando meu namorado, que, pela delonga, tomava um banho de Cleópatra.

Assim, pude observar bem os outros rapazes que sorridentes e limpinhos iam saindo do vestiário qual amigos de infância.

Aqueles mesmos que há pouco se juravam de morte agora pavoneavam-se uns pros outros aos tapinhas nas costas.

Havia ali cantores, compositores, um sapateiro, o editor de um jornal, um empresário da música, atores, um jogador aposentado, dois médicos, e alguns moços das redondezas empobrecidas cuja competência em campo desequilibrara o jogo - tudo adversário de sangue na hora da bola e amigo do peito na saída pro chopp.

Na pelada não há rancores, o que se passa em campo fica no campo. Nem pudores, ali são todos craques - o vírus da imodéstia ataca democraticamente. Uma beleza!

Fui-me embora com um vazio a futucar o espírito.

O que nós mulheres temos de parecido, o shopping, o salão?

Nem chegam perto. Não pode xingar, espernear, soltar os sapos da garganta - além do que, num e noutro, o máximo de exercício que se faz é com a língua na futrica da vida alheia - muito chato.

Não havia como negar, o brinquedo dos rapazes é divertido como só, e meu vazio era de inveja.

Nós mulheres não temos nada que se compare.

*****

(OBS:- O namorado em questão era (já não é mais) Rodrigo Paiva, até hoje Assessor de Imprensa da CBF)

UMA SUGESTÃO:- Imprima essa crônica e envie ou mostre para sua mulher, noiva, namorada, amiga-forte, etc.
Talvez, depois de lê-a, ela libere vc com mais facilidade...
E ATENÇÃO!...

Fim de papo por hoje!... Lembre-se que - além da pelada de quinta - ainda tem a pelada de sábado!
Ciao, cambada!

Pitti